Artrite Reumatóide como desencadeadora de Cardiopatias Secundárias
Resumo
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, caracterizada por inflamação crônica, que atinge em sua maioria mulheres na faixa etária dos 40 anos. A inflamação crônica presente nesta doença pode levar ao surgimento de outras patologias, como as cardiopatias, que levam a um aumento de morbimortalidade dos pacientes com AR. Isso ocorre porque a inflamação crônica acelera o processo de aterosclerose, aumentando o risco de comprometimento cardíaco por IAM (infarto agudo do miocárdio) e ICC (insuficiência cardíaca congestiva). A AR diminui a qualidade de vida dos pacientes e afeta a sociedade de maneira social e economicamente expressiva, já que os pacientes são acometidos em idade economicamente ativa. Além do diagnóstico por imagem, que avalia a densidade mineral óssea, são importantes as análises laboratoriais para seu diagnóstico. Este é importante para se estabelecer uma terapia na fase inicial da doença, reduzindo os impactos causados por ela, como o acometimento cardíaco. A combinação mais utilizada para o diagnóstico laboratorial é a da dosagem do fator reumatóide e do anti-CCP, anticorpos mais encontrados na artrite reumatóide. Sabe-se que a utilização apenas da dosagem do fator reumatóide, diminui a eficácia do diagnóstico por esse ser muito sensível e pouco específico, sendo reagente também em outras doenças reumáticas e não-reumáticas, inclusive em infecções e outras patologias autoimunes. Seu desempenho é melhorado com a utilização do anti-CCP, que possui maior especificidade e boa sensibilidade. O objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre a artrite reumatóide como doença primária desencadeadora de cardiopatias, estreitando-se a fisiopatologia dessas doenças para compreender o surgimento de doenças cardíacas que levam a redução da qualidade de vida e ao aumento da morbimortalidade de pacientes com artrite reumatoide. As análises clínicas laboratoriais contribuem para o diagnóstico precoce da AR, sendo importante para diminuir os impactos causados pela doença, aumentando a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. É necessário aprofundar o conhecimento sobre as reações cruzadas com outras patologias, para que se tenha um diagnóstico confiável. Isso permitirá iniciar uma terapia adequada e diminuir assim, o risco para patologias secundárias a AR, como as cardiopatias.