O PAPEL DO PARACETAMOL NA HEPATITE MEDICAMENTOSA

  • Caroline Glinka Universidade Tuiuti do Paraná
  • Camila Nunes de Morais Ribeiro Universidade Positivo
Palavras-chave: Paracetamol. Hepatotoxicidade. Intoxicação medicamentosa. Hepatite.

Resumo

O paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um fármaco de venda livre utilizado como analgésico e antipirético, sendo atualmente o fármaco mais consumido em casos de automedicação. Por seu fácil acesso e baixo custo, tem ocorrido um aumento no número de ocorrências de lesões hepáticas, que podem evoluir para complicações, como cirrose e falência hepática. Se houver administração de acordo com a posologia indicada, o paracetamol é seguro e eficaz. Quando não respeitada a indicação, há sobrecarga do metabolismo, havendo produção excessiva de N-acetil-p-benzoquinona imina, metabólito reativo que diminui a glutationa hepática, antioxidante que protege os hepatócitos de possíveis danos, podendo ocasionar necrose hepática. A intoxicação por paracetamol, pode ser confirmada por meio de exames bioquímicos, como a dosagem das enzimas alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase. O tratamento depende do tempo da ingestão da droga, com lavagem gástrica ou carvão ativado, no intuito de reduzir o efeito tóxico do
fármaco. O antídoto indicado é a N-acetilcisteína, com doses elevadas durante um longo tempo para obter o efeito esperado. Estudos recentes indicam um novo tipo de antioxidante, semelhante à N-acetilcisteína, que pode no futuro ser uma possível opção terapêutica em casos de sobredosagem.

Publicado
2019-10-01