Possibilidades de uso da imunoglobulina humana na Covid-19
Resumo
Em menos de 8 meses, a síndrome respiratória aguda grave (SARSCoV-2), causou
cerca de 1 milhão de mortes e mais de 25 milhões de infectados pelo mundo. Inicialmente
pensava-se que o sistema respiratório era o único conjunto de órgãos afetado pelo vírus, porém
agora, entendemos que a COVID-19 acomete também vários outros órgãos, incluindo o sistema
nervoso central e periférico, acumulando rapidamente as manifestações neurológicas. Um dos
resultados induzidos por esse vírus é o processo imunomediado pós-infeccioso, como no caso
do sistema nervoso periférico que se associa com a Síndrome de Guillain-Barré e suas
variantes. A imunoglobulina humana intravenosa é usada como forma terapêutica em pessoas
que possuem alguma das patologias autoimunes e inflamatórias fazendo com que ocorra um
feedback negativo nas imunoglobulinas endógenas do indivíduo e o bloqueio dos antígenos que
afetam o nosso organismo, como aqueles que muitos vírus, bactérias e até mesmo vacinas
possuem. Ainda que seja incompleta a compreensão neuropatogênica da COVID-19, nos casos
em que geraram um processo autoimune pós infeccioso por esse vírus, como nas
polineuropatias, obteve-se bons resultados com o uso da imunoglobulina intravenosa na
recuperação desses pacientes.
Palavras-chave: Imunoglobulina, Covid-19, tratamento, imunomodulação, autoimunidade