O uso indiscriminado de antimicrobianos relacionado com o aparecimento de cepas de mrsa em ambiente hospitalar
Resumo
A maioria das cepas estafilocócicas foi capaz de hidrolisar a penicilina pela produção de b-lactamases, tornando-a um antibiótico inútil para tratar infecções causadas por S. aureus produtor de b-lactamase. A meticilina, uma penicilina semissintética, foi projetada especificamente para ser resistente à degradação da b-lactamase. Desde a década de 1960, Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) surgiu se disseminou globalmente e tornou-se uma das principais causas de infecções. Essa revisão de literatura teve como objetivo verificar o principal mecanismo de resistência das cepas de S.aureus resistentes à meticilina (MRSA), analisando seu papel nas infecções hospitalares, descrevendo a relação que o uso indiscriminado de antimicrobianos possui com o aparecimento de cepas multirresistentes em ambiente hospitalares. Para a revisão de literatura, foi utilizada a metodologia de revisão de artigos publicados entre 2010 e 2020. A resistência de S. aureus devido a presença do gene mecA, se dá devido a mutações genéticas ou pela aquisição de genes de resistência de bactérias da mesma espécie ou de espécies diferentes, sendo a resistência adquirida através de mutações gênicas, provocando uma alteração do sítio de ação do antimicrobiano e o mecanismo por aquisição de genes transmitidos por plasmídeos e transposons, promovendo a inativação do medicamento. Estudos mostraram que é de extrema importância que nosso setor de saúde adote as estratégias mais eficazes para reduzir a incidência de bacteremias por MRSA, abrangendo o controle adequado e o uso de antimicrobianos e a aplicação de programas de prevenção de infecção hospitalar.
Palavras-chave: Staphylococcus aureus; MRSA; Infecção hospitalar; Resistência; Meticilina; Antimicrobianos