Estudo sobre o impacto do aumento da resistência bacteriana nos tratamentos por antibióticos para infecções pulmonares em portadores de fibrose cística
Resumo
A Fibrose Cística é uma doença genética rara, do tipo autossômica recessiva e, tem como ponto de origem
uma mutação no gene CFTR, a qual afeta o braço longo do cromossomo 7. Essa mutação no gene que
codifica a proteína CFTR, interfere diretamente no canal de cotransporte de ÍONS Na+ e CL- na superfície das
células epiteliais e acarreta no acúmulo do muco produzido pelo próprio organismo humano, principalmente
nos pulmões, o que por sua vez pode causar obstrução pulmonar, infecções e inflamações recorrentes nas
vias áreas, além de outros problemas de saúde que afetam o corpo do paciente de maneira geral, entre eles o
funcionamento do sistema reprodutor e do sistema digestório, sendo considerada uma doença multissistêmica.
O tratamento é, portanto, extremamente vital para a qualidade de vida, morbidade e mortalidade desses
indivíduos, em sua grande maioria ainda, no período da infância. Com o observado aumento de resistência
bacteriana aos antibióticos dentro e fora do ambiente hospitalar e o fato desses pacientes já realizarem o
uso contínuo dos mesmos, o risco de se obter uma infecção bacteriana com patógeno multirresistente é
extremamente alto, sendo assim, entender dentro da realidade do paciente portador de FC, o microbioma
pulmonar encontrado nesses indivíduos, seus mecanismos de ação e/ou resistência são de extrema
importância, visto que a sua mortalidade e morbidade estão relacionadas a isso e que infecções pulmonares
crônicas nesses pacientes podem ser complexas e diversificadas. Este trabalho tem por objetivo identificar os
principais patógenos resistentes à antibióticos dentro da realidade da Fibrose Cística, avaliando seu impacto
no tratamento, na qualidade de vida do paciente e outras implicações.
Palavras-chave: Fibrose Cística. Infecção pulmonar. Microbioma. Resistência à fármacos. Bactérias
Multirresistentes. Resistência Bacteriana.