O cuca improvável, seus assistentes e o teórico da feijoada. Os hiper-rituais da convivialidade em um reality show
Palavras-chave:
Reality show, Encenação da identidade, Hiper-ritualização televisiva.
Resumo
Muito tem sido escrito sobre o reality show Big Brother Brasil como um dispositivo pós-moderno de controle da sociedade de mercado e trabalho flexível, e sobre seu voyeurismo e exibicionismo. Este artigo visa analisar outro elemento, a encenação televisiva da identidade nos rituais cotidianos do programa. Na quinta edição ganhou saliência a convivialidade na sua manifestação culinário-gastronômica. Cenas de preparo e consumo de comidas serviram para temperar a identidade dos participantes mais populares. A visão recorrente do convívio hiper-ritualizado foi rica em materiais indiciais para a reflexão sobre o autêntico e sobre a identidade pessoal e nacional, dois ingredientes centrais do formato televisivo.
Publicado
2016-06-02
Seção
Dossiê Temático
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