Musealização e espetáculo cultural no Rio de Janeiro
estratégias discursivas de consumo da cidade
Resumo
Este trabalho problematiza a produção de sentidos da “revitalização” da zona portuária do Rio de Janeiro na cobertura do jornal O Globo. Trazemos reportagens veiculadas entre 2010 e 2015, investigando um fenômeno alinhado ao “receituário” das cidades globais: a musealização de zonas portuárias degradadas, estratégias espacial e discursiva que servem aos rituais de consumo da cidade. No Rio de Janeiro, sobressaem como âncoras discursivas o Cais do Valongo, o Museu de Arte do Rio (MAR) e, sobretudo, o Museu do Amanhã. Refletimos criticamente sobre o papel do jornalismo, visto que as matérias analisadas se mostram indissociáveis das estratégias de branding urbano que trabalham a imagem do Rio como marca, num amplo processo de espetacularização da cidade. A metodologia adotada é a Análise de Discurso sob a perspectiva teórico-metodológica de Kleber Mendonça (2007).
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