Antropofagia, influxos de mídia e consumo:
a franquia cinematográfica nacional de Os Trapalhões
Resumo
O antigo quarteto formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, conhecido por Os Trapalhões, teve importante trajetória na mídia brasileira ao estar presente, principalmente, na televisão, no cinema e nos quadrinhos. O objetivo deste artigo é fazer um percurso histórico acerca da franquia cinematográfica de Os Trapalhões, iniciada com o filme Na onda do iê-iê-iê (1965, Aurélio Teixeira) até a última produção, Os saltimbancos Trapalhões: rumo a Hollywood (2017, João Daniel Tikhomiroff). No presente trabalho são identificadas todas as produções cinematográficas do grupo e seus respectivos diretores de 1965 a 2017; e são atualizadas as ordenações temáticas dos filmes do quarteto, propostas por Ramos (1995, 2004) e Lunardelli (1996). Como principal resultado se constata que as narrativas, de quase todos os filmes da franquia do grupo, são alicerçadas a partir de questões antropofágicas, assim como possuem forte influxo midiático oriundo das obras televisivas nacionais e do cinema estadunidense, que despertam para o consumo destas referências e das demais obras de Os Trapalhões.
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