Beijo gay: comunicação e política na Bienal do Livro de 2019

Resumo

Este artigo visa analisar a representatividade de determinados grupos sociais, em especial da comunidade LGBTQI+[1], pela via do consumo na literatura e no audiovisual e seus desdobramentos. Procuramos analisar como a tentativa de censura da revista em quadrinhos Vingadores – a cruzada das crianças (HEINBERG, A e CHEUNG, J, 2016) em uma feira literária, motivada pela ilustração de um beijo gay, converteu-se em uma espécie de publicidade reversa, a partir das narrativas criadas tanto pelos censores quanto por seus opositores. Para embasar nossa análise, operamos metodologicamente com a obra de Foucault (1977; 2001) e com autores que trabalham com uma perspectiva histórica e antropológica tanto do consumo quanto do corpo e das emoções, como Maffesoli (1992; 2004) e Siqueira (2015).

[1] Sigla para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Transgêneros, Queer, Intersexuais e afins.

Biografia do Autor

Ricardo Ferreira Freitas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Associado do PPGCOM/UERJ. Doutor em Sociologia pela Sorbonne.

Publicado
2020-12-26
Seção
Artigos Livres