Neoliberalismo, autoimunidade e redes sociais

  • Julio Cesar Lemes de Castro Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Neoliberalismo, Autoimunidade, Comunidade, Biopolítica, Redes Sociais.

Resumo

Esposito mostra que o paradigma imunitário, ao isentar os indivíduos de obrigações com o comum, funciona como contrapartida necessária da comunidade. Esse paradigma apoia-se, na modernidade, em princípios caros ao liberalismo, como a propriedade e a liberdade. Em nossa época, contudo, o neoliberalismo, tal como caracterizado por Foucault, traz consigo uma série de mudanças em termos de subjetividade e de sociabilidade que, ao radicalizarem os princípios liberais, têm um efeito autoimunitário, equivalendo ao esvaziamento da comunidade. Essas mudanças, de natureza biopolítica, são ilustradas por uma análise das redes sociais na Internet, que destaca nesse fenômeno comunicacional a valorização do individualismo e os padrões fluidos de sociabilidade.

Biografia do Autor

Julio Cesar Lemes de Castro, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Pesquisador de pós-doutorado na Escola de Comunicação da UFRJ, com bolsa do CNPq. Graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP, com mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP e pós-doutorado em Psicologia Social no Instituto de Psicologia da USP. E-mail: julio@jclcastro.com.br
Publicado
2016-06-17
Seção
Artigos Livres