O cinema-cefalópode dos infernos: entrevista com William Brown
Resumo
Entrevista on-line concedida a Paulo Roberto Ferreira de Camargo logo após o Seminário Avançado The squid cinema from hell, ministrado aos alunos e professores do PPG-Com UTP; e também on-line, no dia 16 de outubro de 2020, com tradução de Antonio Carlos Persegani Florenzano.
O pesquisador britânico William Brown, PhD em Cinema Contemporâneo pela Universidade de Oxford, atua como Senior Lecturer em Estudos Fílmicos na Universidade de Roehampton, em Londres. Escreveu inúmeros artigos e editou coleções com ênfase na tecnologia digital. Ele é o autor dos livros Deleuze and Film (with David Martin-Jones, 2012); Supercinema: Film Philosophy for the Digital Age (2015); Non-cinema: Global Digital Filmmaking and the Multitude (2018); e The Squid Cinema From Hell (with David H. Fleming, 2020). Brown é também um criador de filmes de micro-orçamento, incluindo En Attendant Godard (2009), Selfie (2014) e This is Cinema (2019).
A entrevista concentra-se na apresentação de Brown, com base no seu livro mais recente. A partir da exemplificação da presença de cefalópodes e criaturas semelhantes em vários filmes, de diferentes gêneros e no mundo todo, o autor, ousadamente, vai sugerir que a mídia digital - e talvez os meios de comunicação de forma mais geral - podem ser melhor entendidos como 'kinoteuthis infernalis'. Ou seja, as mídias digitais constituiriam uma Medusa moderna, fixando nosso olhar e nos transformando em pedra - ainda que também possam nos ajudar, positivamente, a reconfigurar nosso lugar com o multiverso e nossa relação com o espaço e o tempo.
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