Para ver o invisível: o papel do esclarecimento e a mediação socializadora do telejornalismo para narrar o encarceramento em massa

  • Carla Ramalho Procópio Universidade Federal Fluminense
  • Carla Baiense Felix Universidade Federal Fluminense

Resumo

Neste artigo, procura-se discutir o papel do telejornalismo brasileiro no enfrentamento da cultura do encarceramento em massa no Brasil. A partir da definição crítica de Lefebvre (1991) sobre o cotidiano, o trabalho observa na junção entre a dimensão socializadora da TV em Martín-Barbero (1997) e a função de esclarecimento do jornalismo discutida por Moretzshon (2007), uma alternativa capaz de sensibilizar e mobilizar mudanças a partir de reportagens comprometidas com esses conceitos, apontando, em especial, as dinâmicas da cultura do aprisionamento, que segundo Borges (2010) relacionam-se diretamente com o racismo e a criminalização das relações.

Biografia do Autor

Carla Baiense Felix, Universidade Federal Fluminense

Professora Adjunta e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, vinculada ao Departamento de Comunicação Social e ao Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da mesma universidade. Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Lidera o grupo de pesquisa Mídias, redes e jovens: usos e apropriações em contextos digitais (CNPq 2014). Investiga as novas formas de produção, circulação e consumo de informação entre os jovens e seus efeitos político-sociais e a representação de jovens e outros grupos sociais nos produtos midiáticos. É doutora e mestra em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ e formada em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense, com especialização em Marketing pelo Instituto Coppead/UFRJ. 

Publicado
2021-07-22