As imagens da febre amarela e gripe espanhola: biopolítica, figuração e aparição

  • Marcela Barbosa Lins Universidade Federal de Minas Gerais
  • Caio Dayrell Santos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

A palavra epidemia se relaciona ao prefixo grego epi (sobre/acima) e demos (povo), referindo-se, portanto, a algo tido como acima ou que incide sobre as populações: manifestações contagiosas que ocorrem de modo coletivo. Como a própria etimologia sugere, surtos de doenças são indissociáveis dos povos que afligem, servindo para se pensar tanto sua sujeição ao poder quanto as condições de possibilidade de seu aparecimento. A partir da análise de imagens de arquivo de duas das principais crises sanitárias ocorridas durante o Império e Primeira República - a febre amarela e a gripe espanhola - discorremos sobre o conceito de biopolítica, destacando suas nuances dentro de um contexto do Sul Global e, argumentamos que, mesmo frente ao sofrimento provocado, fotografias ainda nos oferecem mecanismos de nomear injustiças e se opor a enquadramentos higienistas.

Biografia do Autor

Marcela Barbosa Lins, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais

Caio Dayrell Santos, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutorando em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais
Professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG e doutora em Comunicação Social pela mesma universidade.
Publicado
2022-06-29