A crueldade semiótica a partir de Antonin Artaud e do experimentalismo do filme {TRANSMISSÃO}
Resumo
O artigo pretende discutir a crueldade de Antonin Artaud a partir de um viés comunicacional, recuperando suas problemáticas sobre o signo, a linguagem e o corpo para encontrar meios de analisar o filme {TRANSMISSÃO} (2020), de Luiz Päetow. Percorremos o teatro da crueldade enquanto uma proposta a ser expandida e cuja força encontra atualizações e expansões em distintas mídias e na contemporaneidade. Ao configurarmos uma crueldade semiótica artaudiana, observamos no filme a produção de corpos que não visam representar e significar, mas que irrompem sensações por sua materialidade crua. Na primeira cena, analisamos uma relação estritamente violenta a partir da câmera que invade a boca do ator mostrando um avesso do órgão. Já na segunda cena, vemos como a linguagem é operada pela dissociação entre a materialidade da fala e o significado das palavras.
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