A crueldade semiótica a partir de Antonin Artaud e do experimentalismo do filme {TRANSMISSÃO}

  • Shico Menegat Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Bruno Leites Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O artigo pretende discutir a crueldade de Antonin Artaud a partir de um viés comunicacional, recuperando suas problemáticas sobre o signo, a linguagem e o corpo para encontrar meios de analisar o filme {TRANSMISSÃO} (2020), de Luiz Päetow. Percorremos o teatro da crueldade enquanto uma proposta a ser expandida e cuja força encontra atualizações e expansões em distintas mídias e na contemporaneidade. Ao configurarmos uma crueldade semiótica artaudiana, observamos no filme a produção de corpos que não visam representar e significar, mas que irrompem sensações por sua materialidade crua. Na primeira cena, analisamos uma relação estritamente violenta a partir da câmera que invade a boca do ator mostrando um avesso do órgão. Já na segunda cena, vemos como a linguagem é operada pela dissociação entre a materialidade da fala e o significado das palavras.

Biografia do Autor

Shico Menegat, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestrando em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil. E-mail: shicomenegat@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/3190942269827284

Bruno Leites, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professor do Departamento de Comunicação (DECOM) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Porto Alegre, Brasil. E-mail: bruno.leites@ufrgs.br

http://lattes.cnpq.br/6365957990393840

Publicado
2022-12-28
Seção
Artigos Livres