O cinema do vazio de Yasujiro Ozu

Resumo

Este artigo propõe uma breve análise dos planos vazios na obra do cineasta japonês Yasujiro Ozu. Busca-se debater como tal conjunto de planos constrói ambiguidades que suspendem o fluxo de continuidade da narrativa, e como podemos elucidar a importância desse cinema “disruptivo” de Yasujiro Ozu. Por meio das diferentes composições e funções empregadas, a intenção é refletir sobre como o Estilo Ozu proporciona o surgimento de uma nova imagem, que se opõe a imagem produzida pelo cinema americano. Para contextualizar as discussões, utilizaremos o conceito de imagem-tempo (1990) definido pelo filósofo Gilles Deleuze, procurando sistematizar a descrição dos planos vazios nos filmes de Ozu. Para tanto, utilizamos como método a análise fílmica e, como objeto de análise, os filmes Pai e Filha (Banshun, 1949) e Era uma vez em Tóquio (Tōkyō Monogatari, 1953).

Biografia do Autor

Jamer Guterres de Mello, Universidade Anhembi Morumbi

Professor no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (PPGCOM-UAM). Pesquisador de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi. Bolsista PNPD-CAPES. Doutor em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGCOM-UFRGS). São Paulo, Brasil. E-mail: jamermello@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/9707216305631668

Yasmin Brigato de Angelis, Universidade Anhembi Morumbi

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi. Mestra em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

http://lattes.cnpq.br/4713000950215665

Publicado
2022-12-28
Seção
Artigos Livres