O cinema do vazio de Yasujiro Ozu
Resumo
Este artigo propõe uma breve análise dos planos vazios na obra do cineasta japonês Yasujiro Ozu. Busca-se debater como tal conjunto de planos constrói ambiguidades que suspendem o fluxo de continuidade da narrativa, e como podemos elucidar a importância desse cinema “disruptivo” de Yasujiro Ozu. Por meio das diferentes composições e funções empregadas, a intenção é refletir sobre como o Estilo Ozu proporciona o surgimento de uma nova imagem, que se opõe a imagem produzida pelo cinema americano. Para contextualizar as discussões, utilizaremos o conceito de imagem-tempo (1990) definido pelo filósofo Gilles Deleuze, procurando sistematizar a descrição dos planos vazios nos filmes de Ozu. Para tanto, utilizamos como método a análise fílmica e, como objeto de análise, os filmes Pai e Filha (Banshun, 1949) e Era uma vez em Tóquio (Tōkyō Monogatari, 1953).
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