Séries brasileiras na Netflix: o cronotopo da distopia em “Onisciente”
Resumo
O artigo analisa as relações espácio-temporais que enformam a construção discursiva da ficção distópica Onisciente (Netflix, 2020). Analisamos os espaços da Cidade da série com base no conceito de cronotopo de Bakhtin (2003; 2010), enquanto dimensão formal e temática. Martin-Barbero (1998; 2008) e Certeau (2007) embasam ainda as reflexões acerca do espaço da cidade e Terentowicz-Fotyga (2018) e Barros (2011) contribuem para a discussão de aspectos das cidades distópicas. A análise dos cronotopos da série evidencia visões de mundo, ideias e conceitos marcados pelas oposições entre o indivíduo e o Estado, o privado e o público, o dentro e o fora, e os signos de verdadeiro e falso, como na questão da segurança e infalibilidade do sistema que controla a Cidade.
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