"Quem viu não voltou"
cosmopolíticas sonoras em "A Febre" e "Curupira, bicho do mato"
Resumo
Partindo da análise dos filmes A Febre e Curupira, bicho do mato, ambos realizados em colaboração com comunidades amazônicas, o artigo investiga como o cinema pode interagir ou mesmo traduzir, em especial através da linguagem sonora, as dimensões cosmológicas e mitológicas dos povos da floresta. Para além da caracterização dos seus modos de vida ou da representação de paisagens naturais, os filmes elaboram através do som questões de ordem ontológica, ensaiando um trabalho cosmopolítico que nos revela algo sobre as relações que os personagens estabelecem com outros seres, engendrando os deslocamentos epistêmicos tão urgentes no presente e colaborando com a ampliação do próprio campo da ecologia acústica na direção de um arcabouço transversal de saberes.
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