Performatividade de gênero na cultura midiática: dinâmicas de visibilidade nas trajetórias de MC Xuxu e Titica
Resumo
O trabalho pretende discutir a performatividade de gênero na música popular
periférica a partir do trabalho de duas cantoras transexuais: a brasileira MC Xuxu, artista do funk, e a angolana Titica, estrela do kuduro. Entende-se a trajetória dos corpos destas artistas a partir das dinâmicas de visibilidade do sujeito transexual na cultura midiática; das (re)encenações de corpos femininos hegemônicos - notadamente as divas pop; dos resíduos de masculinidades "subtraídos" e "ocultos" na performance. Opta-se pelo debate em torno da performatividade de gênero na tentativa de arregimentar a dinâmica efêmera das aparições de feminilidades e masculinidades trans e dos atravessamentos presentes no bios cênico. Busca-se compreender como essas performances são atravessadas por relações de poder referentes a instâncias de raça e classe social por meio da configuração de corpos subalternos que aparecem exóticos e sedutores nos ambientes da música pop.
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