Le newsscape terminal et ses imaginaires (O "newsscape" terminal e seus imaginários)
Resumo
As mídias sempre garantiram um movimento perpétuo de remediação de nosso ambiente experiencial e cultural que se acelerou com a aparição da web. Do mesmo modo que o Googlemaps cobriu o espaço do território, o manto do digital está em processo de canibalizar toda a discursividade social. O tempo real, a interatividade, a digitalização, nos incitam a repensar a situação da mídia, do jornalista e da informação, cujas práticas se tornaram, em certo sentido, uma obra aberta e compartilhada. Sob o fluxo de dados e informações, o jornalista é o único capaz de proceder à elaboração de uma narrativa dentro do magma de informações, essa narrativa de que nos fala Manovich, que preferimos chamar de discurso, e que os algoritmos são incapazes de produzir. Porque a atualidade não é redutível a uma série de dados transmitidos mecanicamente através de scripts esperados; ela é literalmente "falada", qualquer que seja a forma da storytelling que adota. É por isso que a narrativa jornalística é sempre indispensável, porque continua sendo um discurso de escolta de nossas democracias, mas também de domesticação da realidade - ao qual se opõe o fato bruto, concreção de puros dados ou puros significantes, privados de significado. Portanto, é urgente considerar o tratamento da notícia como uma conversa global que nos constrói um mundo comum.
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