Censura e imprensa: o “déficit” de autonomia interpretativa do jornalista (1964-1978)

  • Marcio Castilho
Palavras-chave: Identidade, Imprensa, Memória, Poder.

Resumo

O controle governamental exercido através de instrumentos de coerção e intimidação, dentre eles acensura prévia e a autocensura, interferiu significativamente na produção jornalística durante aditadura. O impacto dos mecanismos de vigilância fornece um vasto repertório de questões sobreas relações entre a imprensa e o Estado. No presente artigo, examinamos uma das dimensões dessedebate: verificar se esse momento histórico representou um “déficit” de autonomia interpretativado produtor de notícias no plano político, enfraquecendo uma dada identidade baseada no papel dojornalista como fiscalizador do poder. Para verificar essas questões, examinamos as reportagensvencedoras do Prêmio Esso de Jornalismo, o mais tradicional da imprensa brasileira, entre 1964 e1978. Ao considerarmos que as identidades são organizadas dentro de um processo permanente deintercâmbios sociais, estabelecendo relações de poder, buscamos identificar outros valores emtorno dos quais os jornalistas negociaram sentidos sobre sua profissão.

Biografia do Autor

Marcio Castilho
Marcio Castilho (ECO/UFRJ) é doutor em Comunicação e Cultura (ECO/UFRJ), professor da Universidade Federal Fluminense e jornalista da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Publicado
2016-06-02
Seção
Artigos Livres