Achados Audiométricos em Pacientes Portadores de Disfunção Temporomandibular

  • Thiago Mathias de Oliveira
  • Adriana Bender Moreira de Lacerda

Resumo

A articulação temporomandibular (ATM) é considerada a mais completa do ser humano. A disfunção
temporomandibular (DTM), descrita em 1934, por James Costen, é uma síndrome constituída de sintomas
heterogêneos e de pertinência odontológica e otoneurológica, tendo como sintoma uma DTM. Os pacientes
portadores de DTM são acometidos de elevada prevalência de sinais, sintomas, tais como ocorrência de dor,
limitação da abertura da boca, dificuldade mastigatória e sintomas auditivos. O objetivo do estudo foi analisar
os achados audiométricos em portadores de DTM. A amostra foi constituída por 2 grupos: Grupo 1/Estudo
– composto por 39 participantes, sendo 36 mulheres e 3 homens participantes adultos de ambos os sexos,
que apresentaram diagnóstico prévio a DTM e o grupo 2/Controle – Composto por 39 participantes sendo
36 mulheres e 3 homens normo-ouvintes sem história pregressa de patologias auditivas e/ou mandibulares
e ausência de fatores de risco para perda auditiva. Todos os pacientes foram submetidos a audiometria tonal
em freqüências convencionais e altas freqüências. Previamente a realização dos exames auditivos, todos os
participantes responderam um questionário e foram submetidos à meatoscopia. A incidência de DTM prevaleceu
no sexo feminino e a média de idade ficou acima da quarta década de vida. Em relação aos achados audiológicos,
os resultados indicaram perda auditiva do tipo neurossensorial (20,51%) e condutiva (5,13%), Pode-se concluir
que indivíduos com DTM apresentaram piores limiares auditivos quando comparados ao grupo controle.
Com isso, acredita-se ser pertinente a realização de novos estudos para caracterizar o perfil audiológico dos
portadores de disfunção temporomandibular.

Publicado
2018-06-05
Como Citar
MATHIAS DE OLIVEIRA, T.; MOREIRA DE LACERDA, A. Achados Audiométricos em Pacientes Portadores de Disfunção Temporomandibular. TUIUTI: CIÊNCIA E CULTURA, v. 4, n. 54, 5 jun. 2018.