Do cuidado dos próprios filhos para o cuidado dos filhos dos outros: magistério público paranaense (1857-1930)
Resumo
O artigo trata da participação feminina no magistério público paranaense – curso primário – correspondente as quatro
séries iniciais do ensino fundamental de oito anos (1857-1930), justificando-se a pesquisa documental e bibliográfica
pela ausência de um debate tanto local como comparativamente com outros estados. O objetivo é problematizar
dados e fontes sobre o deslocamento de gênero ocorrido a partir da passagem do século XIX para o XX. Como
fundamento teórico recorreu-se aos conceitos de “gênero” (Scott, 2010), de “governamentabilidade” (Foucault, 1979)
e “disciplina” (Foucault, 1977), de “coação civilizatória” (Elias, 1990; 1994) e de “representação social” (Chartier,
1986). Apoiou-se nos Relatórios sobre a Instrução Pública e fontes do acervo da Escola Normal de Curitiba, criada
em 1876, atual Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto. Essa primeira abordagem permitiu realizar
reflexões pertinentes aos processos de inserção da mulher no mercado de trabalho, herança cultural, papel do poder
político na organização do sistema de educação e de construção das representações sociais. Os dados evidenciam
que no Paraná, como em outras regiões do país, o magistério público evoluiu articulado com a expansão da demanda
escolar, tendo à frente a estrutura de poder público, que interfere na organização do sistema de ensino e incentiva a
constituição da carreira, contribuindo para a construção de representações sobre a escola e o magistério.
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