História da Comunicação - O Tempo: a lógica do ininterrupto
Resumo
O tempo é um objeto natural, um aspecto dos processos naturais, um objeto cultural? Ponderou Norbert Elias. Para ele o tempo é uma instituição cuja postura varia conforme o estágio de desenvolvimento atingido pelas sociedades:
“o indivíduo ao crescer, aprende a interpretar os sinais temporais usados em sua sociedade e a orientar sua conduta em função deles (...) A imagem mnêmica, ou seja referente à memória e a “representação do tempo num determinado indivíduo dependem, pois, do nível de desenvolvimento das instituições sociais que representam o tempo e difundem seu conhecimento, assim como das experiências que o indivíduo tem delas desde a mais tenra idade” (ELIAS, 1998, p. 15).
O “presente perpétuo, esta percepção de que estamos inseridos no universo contemporâneo da formulação de um inédito regime de historicidade localizado no presente.”. O presente se desgasta na ação imediata apressada pela contínua mudança, uma espécie de presentismo. Todo e qualquer instante “se transforma em tempo de frenesi que dura continuamente”, Este continuado tempo nos meios de comunicação “é marcado pelo fluxo continuo da informação, instaurando um tempo novo governado pela lógica do ininterrupto”.
Focalizando temporalidades múltiplas, o presente artigo reúne seis textos que se inserem na práxis dos estudos referentes à História da Comunicação e suas múltiplas possibilidades de análises. Estas pesquisas, sejam elas específicas em uma determinada temporalidade ou alargando os limites tempo/espaço, incidem no universo da comunicação enquanto lugar social. Os textos abaixo foram apresentados e discutidos no Seminário de História da Comunicação (2020) realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagem da Universidade Tuiuti do Paraná.
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