O Movimento da Educação do Campo no Brasil e seu diálogo com a educação popular e a pedagogia decolonial
Resumo
Este ensaio busca contribuir na construção de uma chave metodológica para discutir a construção do paradigma da Educação do Campo, tomando como uma das referências a Educação Popular, ao questionar o projeto hegemônico de sociedade e de escola gerado pelo capitalismo e colonialismo, e por sua natureza e finalidade intrinsecamente ligadas ao trabalho e a cultura do campo. O texto inicia com uma análise sobre o processo de colonização brasileira centrado no tripé colonialismo, racismo e patriarcado e como a visão de mundo gerada na subordinação, exploração dos Povos Nativos, contribuiu para o silenciamento e a inferioridade cultural do campesinato. Em seguida, analisa o Movimento Político-Pedagógico e Epistemológico da Educação do Campo ao partir da luta dos movimentos sociais campesinos, da leitura crítica do contexto, do diálogo entre pluri saberes e espaços, da crítica à desumanização/coisificação do ser humano que instituem práticas educativas e culturais de questionamento ao discurso eurocêntrico, nortecentrista e autoritário. Por fim, como esse Movimento com suas práticas fortalece o debate da decolonialidade nas ciências, na política e na educação, e fortalece a Educação Popular, numa perspectiva decolonial, que busca a partir do corte de classe, compreender as discriminações de raça, sexo,
espaço geográfico na luta contra a opressão na construção de uma prática contextualizada.
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