Educação do campo e prática educativa: a expressividade corporal comunicando a realidade
Resumo
Este trabalho tem o intuito de problematizar a prática educativa e identificar aspectos da realidade relacionados à expressividade corporal no âmbito da prática educativa do campo. Como parte de pesquisa de mestrado em uma escola de assentamento de reforma agrária, traz a seguinte interrogação de pesquisa: Como a expressividade do corpo pode ser identifica na prática educativa do campo? O estudo está norteado pelo pensamento de Sucholdoski (2002), que trata da educação virada para o futuro, bem como da influência da pedagogia da essência e da pedagogia da existência na esfera da educação, decorrendo o tempo histórico. A discussão acerca da prática educativa do campo está fundamentada na pesquisa de Bezerra Neto (1999), que trata da centralidade do ser humano na formação integral dos sujeitos do campo, e de Caldart (2004), que discute a proposta pedagógica própria que vem sendo empreendida pelos trabalhadores rurais. Ainda, Beltrame (2000) contribui com os aspectos identificados em suas pesquisas, particularmente a consciência orgulhosa, proveniente das relações entre a vivência, exercício pedagógico e participação política nas escolas de assentamento; Souza (2006a; 2006b), ao discutir, em suas pesquisas realizadas em escolas de assentamento, a possibilidade de os professores refletirem as suas práticas, o distanciamento entre a realidade de trabalho, e a vida dos sujeitos de direitos na forma de participação política; Silva (2004), que destaca, na atividade humana visível, a expressividade corporal demonstrada por meio da convivência e da maneira própria dos sujeitos comunicarem ideias e simbolizarem a realidade; e Lenzi (2007), que discute a simbologia da Mística e o sentimento de co-autoria que fortalece o elo acolhedor e de pertencimento dos sujeitos em escolas de assentamento. O texto divide-se em três partes: 1) prática educativa do campo, inserção, origem e proximidade; 2) prática educativa:a expressividade do corpo no cotidiano da escola do campo; e 3) alguns aspectos identificados na pesquisa como a implicação de elementos sócio-políticos expressos por meio do corpo no âmbito da prática educativa do campo.
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