Formação humana: uma pesquisa sobre preconceito, identidade e respeito
Resumo
Este trabalho objetiva expor questões relativas à formação humana e à superação dos preconceitos e da exclusão. Nesse sentido, discute como a relação entre formação moral e identidade tem gerado um intenso debate que perpassa diferentes áreas do saber, tais como a filosofia, a psicologia,
a pedagogia, a sociologia, antropologia e a ciência política. A investigação do tema, numa abordagem multirreferencial, reconhece a complexidade da formação humana e multiplica as perspectivas de sua investigação. Do ponto de vista epistemológico, constitui-se em um grande desafio, pois a
construção discursiva das fronteiras entre os saberes embaralha também as linhas que separam os campos do saber. Discutem-se alguns conceitos que se situam nas fronteiras discursivas com o objetivo de mostrar alguns
enfoques da relação entre a formação moral e identidade, tendo como contrapontos: autonomia e heteronomia, o eu e o outro; autoafirmação e reconhecimento; identidade e diferença; subjetividade, objetividade e intersubjetividade; razão e cultura; bom e justo. O eixo analítico da discussão
é o da teoria da justiça. Discute, ainda, como ressignificar e transformar a formação da infância e dos educadores, a partir da reflexão sobre a violência do mundo hodierno que destrói mentes e corações de toda a humanidade. Tal exigência requer o compromisso de educadores, pais, políticos e da
gestão da educação, que abrange a gestão da vida humana. Refletir sobre os conteúdos científicos, técnicos, éticos e políticos que são trabalhados na formação humana, no sentido de superar, políticas educacionais que se alicerçam em preconceitos, estereótipos e comportamentos espontaneistas, assistencialistas ou adultocêntricos. Visa garantir a formação de cidadãos cônscios e respeitáveis, mas ajustados emocionalmente com um forte caráter e, principalmente, o direito inalienável de cada criança ser feliz.
Discute uma educação que respeite seus direitos, considere suas vozes, suas formas de expressão, os espaços do brincar, valorizando sua curiosidade sobre o mundo. Tem como objetivos: a) identificar novas modalidades de preconceito e/ou discriminação face às mudanças da realidade; b) estimular o debate junto à comunidade acadêmica do caráter preconceituoso de nossas relações, negadas ou disfarçadas pelo discurso; c) discutir possíveis reações da comunidade universitária contra os alunos, voltadas para a produção de conhecimento novo socialmente referenciado; d) enriquecer o material didático sobre preconceito.
Palavras-chave: Identidade; Preconceito; Gestão da educação; Respeito;
Formação humana.
Referências
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