Os Compêndios das Matemáticas nos Estudos Secundários
Resumo
Coloca Chervel (1990) os conteúdos do ensino no centro das discussões sobre as disciplinas escolares, beneficiando-se tal estudo da documentação dos compêndios adotados que expõem o conjunto de conhecimentos. O objetivo desse artigo é investigar os compêndios adotados para uso nas aulas das Matemáticas, utilizando como fontes a legislação educacional, Atas da Congregação e a imprensa. O primeiro Estatuto do Atheneu Sergipense (1871) elaborado pela Congregação trazia a indicação dos compêndios a serem adotados para as aulas de Aritmética, Álgebra e Geometria: os de Cristiano Benedito Ottoni, que permaneceram em uso até o ano de 1874, devendo ser adquiridos pelos alunos, não podendo “ao seu bel prazer” substituí-los, apregoa a legislação. Rege ainda a palavra da lei que os compêndios, antes de serem adotados deveriam ser submetidos a uma comissão que daria parecer sobre o mérito dos mesmos, priorizando os escritos por sergipanos em igualdade de condições. Para Sacristán (2000), analisar os livros adotados em uma disciplina nos aproxima mais da efetivação daquele saber, do consumido pelos professores e alunos. Dentro dessas perspectivas, evidencia-se da documentação analisada, que as obras indicadas recebiam denominações restritas, ou seja, não são expostas outras referências essenciais, como nome completo da obra, do autor, ano da edição, ou qualquer outro dado informativo e identificador, o que permite inferir serem obras conhecidas daquele grupamento social que as adotaria.
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